sábado, 18 de novembro de 2017

sociedade modelada pela dinâmica neoliberal

Sob os moldes da cultura capitalista, há a produção de angústia e desesperança. Em sua ânsia de consumir, o sujeito perde sua espontaneidade ativa e, ao mesmo tempo, “entrega-se ao consumo de ‘satisfactores’ (formas variadas de catarse que são contrários à própria satisfação, como drogas, prostituição, promiscuidade, alcoolismo, medicamentos superficiais, alimentos não saudáveis, modas, etc”.[1] Uma sociedade modelada pela dinâmica neoliberal, que permite selecionar quem pode consumir os bens ofertados mediante indução publicitária, que funciona sob a lógica do descartável e da competição, emite uma cultura de interdição do/a Outro/a. Em outras palavras, é uma cultura que fortalece práticas de intolerância, indiferença e obliteração em relação à alteridade. De modo que, no dizer de Assmann e Mo Sung, “o que justamente caracteriza a subjetividade na cultura do narcisismo é a impossibilidade de poder admirar o outro em sua diferença radical, já que não consegue se descentrar de si mesmo.”


[1] Hinkelammert; Jiménez. eCONOMIA PARA A VIDA. sAN jOSE, cOSTA rICA: DEI, 2005, p. 261.

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