Entrevista concedida à IHU Online - Economia Solidária
A chamada economia solidária é muito mais do que uma prática produtiva. “Trata-se de uma economia plural, na medida em que ela acontece a partir de organizações populares que resgatam a sujeiticidade humana, sem esquecer da sua integração com a natureza”, explica. Assim, compreende essa perspectiva como um caminho para fazer frente ao modo de produção capitalista, desde a lógica de consumo até a geração de desigualdades. “A solidariedade, enquanto uma dimensão econômica, não é uma condição automática e não surge porque simplesmente há uma situação de miserabilidade. Porém, a introdução da solidariedade, ao lado da autogestão e da cooperação, pode criar um circuito que fundamenta um novo projeto de sociedade”.
http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevistas/573866-economia-solidaria-e-a-rebeliao-dos-limites-uma-economia-para-a-vida-entrevista-especial-com-luis-carlos-dalla-rosa
Somos sujeitos aprendentes. A vida e o sentido do humano se constituem nas intermitentes e infinitas travessias, no encontro com o/a Outro/a. E o encontro com a realidade é o chão da fé vivida que profetiza a esperança.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
sábado, 18 de novembro de 2017
sociedade modelada pela dinâmica neoliberal
Sob os moldes da cultura capitalista,
há a produção de angústia e desesperança. Em sua ânsia de consumir, o sujeito perde sua
espontaneidade ativa e, ao mesmo tempo, “entrega-se ao consumo de
‘satisfactores’ (formas variadas de catarse que são contrários à própria
satisfação, como drogas, prostituição, promiscuidade, alcoolismo, medicamentos
superficiais, alimentos não saudáveis, modas, etc”.[1] Uma
sociedade modelada pela dinâmica neoliberal, que permite selecionar quem pode
consumir os bens ofertados mediante indução publicitária, que funciona
sob a lógica do descartável e da competição, emite uma cultura de interdição
do/a Outro/a. Em outras palavras, é uma cultura que fortalece práticas de
intolerância, indiferença e obliteração em relação à alteridade. De modo que,
no dizer de Assmann e Mo Sung, “o
que justamente caracteriza a subjetividade na cultura do narcisismo é a
impossibilidade de poder admirar o outro em sua diferença radical, já que não
consegue se descentrar de si mesmo.”
Sobre a economia solidária
A economia solidária, que é uma experiência coletiva e
socialista, deve interagir com a comunidade e assumir uma perspectiva mais
ecológica, constituindo-se uma estratégia de libertação. A opção pela comunidade
e pelo princípio do cuidar da natureza indica uma posição inversa ao
capitalismo. Um empreendimento solidário não é apenas uma cooperativa que se
atém ao aspecto econômico nem é uma prática reformista. A solidariedade fissura
o puro economicismo.
A lei da mercadoria
A lei da mercadoria e do valor financeiro soam à classe trabalhadora como partes de um mundo que não lhe pertencente, embora esse mundo constitua uma obra moldada por suas mãos. A recompensa pela subordinação ao capital é o salário cotejado meritocraticamente, uma recompensa mercantil de antemão sequestrada pelo mercado financeiro, mediante crédito vendido a preço de juros, porque o desejo consumista é o aval dessa transação que ocupa a subjetividade humana como oportunidade de negócio. Ou seja, o mercado começa e termina como mercadoria subtraída dos ‘escravos do capital’.
terça-feira, 4 de abril de 2017
Ecos da escravidão
Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a abolição da escravatura no Brasil? Mas, de fato, em que medida a abolição significou libertação? Como foi o 14 de maio de 1888 e como isso repercute até os dias de hoje? Para refletir sobre essas questões e outras que implicam a realidade da escravidão, no Brasil, que perdurou por mais de três séculos, vale a pena conferir o documentário
"Ecos da escravidão - ecos da reportagem". O documentário é uma produção da TV Brasil (2015).
domingo, 15 de janeiro de 2017
Educar para a sabedoria do amor
ISBN: 978-85-356-3207-1 Páginas: 240
Edição: 0
Idioma: PORTUGUES
Formato: (17,0 x 24,0
Este livro integra a coleção Interfaces, que publica os trabalhos vencedores do Prêmio Soter-Paulinas de Teses. Concebido e organizado numa parceria entre a Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter), Paulinas Editora e a revista Ciberteologia, o concurso acolhe as melhores teses defendidas em Programas de Pós-graduação em Ciência da Religião e/ou Teologia, os quais têm por objeto a religião, em suas múltiplas facetas e vieses. Essa iniciativa quer ser mais um incentivo à pesquisa e aos profissionais dessas áreas, na expectativa de que se incremente ainda mais no Brasil o estudo acadêmico do fato religioso e se criem novos canais de divulgação da considerável produção já existente em nossos centros de pós-graduação. O conceito de alteridade levinasiano não é apenas mais uma categoria filosófica dentre outras. A alteridade exprime uma sabedoria pertinente para a consecução de uma educação ética, em que o sujeito é interpelado para o êxodo, um sair de si mesmo ao encontro do outro. A humanidade do eu é possível a partir da humanidade do outro, numa subjetividade que se faz hospitalidade. Daí o significado de uma educação para a sabedoria do amor. Discutir o tema da alteridade no contexto educativo é, de certa forma, contrastar com uma sociedade que teima tolher a palavra do outro. Com efeito, é na autenticidade do encontro com o outro e a outra que os seres humanos se vão constituindo sujeitos da própria história. E autenticidade, no contexto da alteridade, significa hospitalidade e não indiferença para com o próximo. No encontro face a face, a humanidade constrói o caminho da libertação (êxodo), que é a própria abertura do eu ao outro, sinalizando ali a passagem do Inaudito. Reconhecido com méritos no Prêmio Soter-Paulinas de Teses, o presente trabalho traduz uma criativa interlocução entre o pensamento do filósofo judeu-lituano Emmanuel Lévinas e a realidade brasileira e latino-americana, na perspectiva de uma educação que desperte nas pessoas a sabedoria do amor.
Educar para a sabedoria do amor: a alteridade como paradigma educativo
Divulgando meu livro "Economia para a vida: a rebelião dos limites...
Economia para a vida
Teologia Pública: Economia para a vida: a rebelião dos limites e o itinerário teológico para uma economia solidária - Volume 6
Este volume se destaca dentro da Série Teologia Pública por ser a primeira obra de um único autor com um único foco temático. Ela é fruto do prêmio CAPES de teses de 2011 que o autor ganhou pela sua tese de doutorado defendida na Faculdades EST.
Este volume se destaca dentro da Série Teologia Pública por ser a primeira obra de um único autor com um único foco temático. Ela é fruto do prêmio CAPES de teses de 2011 que o autor ganhou pela sua tese de doutorado defendida na Faculdades EST.
Luís Carlos Dalla Rosa dialoga com diversos autores e apresenta experiências de diversas áreas do conhecimento para compor o entrelaçamento do tema em questão: a economia para a vida. A principal, mas não a única referência é o economista e teólogo Franz Hinkelammert, que vem desenvolvendo análises críticas do sistema capitalista neoliberal e suas consequências nefastas para grande parte das populações.
Diante de um contexto globalizado, no qual predomina um modelo econômico que é desumano e necrófilo, a viabilidade de uma economia com rosto humano e solidário, ecologicamente sustentável, brota de numerosas iniciativas no Brasil e no mundo, testemunhando que é possível uma economia para a vida. Conforme o autor: “O tempo ainda é de aprendências e travessias e, mesmo em intransponíveis penhascos, surgem flores que profetizam a esperança”.
Teologia Sistemática, Teologia Pública, Teologia Contemporânea
Editora Sinodal / EST
Luís Carlos Dalla Rosa
448 Páginas
16 x 23 cm
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