Somos sujeitos aprendentes. A vida e o sentido do humano se constituem nas intermitentes e infinitas travessias, no encontro com o/a Outro/a. E o encontro com a realidade é o chão da fé vivida que profetiza a esperança.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
O mercado como religião
“É sua própria vantagem, de fato, e não a sociedade, que ele [todo indivíduo] tem em vista”. Mas, ao procurar “seu próprio ganho, e neste, como em muitos outros casos, [o indivíduo] é só levado por uma mão invisível a promover um fim que não era parte de sua intenção”. Esta é a ideia da mão invisível suscitada por Adam Smith (Riqueza das Nações) e que imprime o conceito que sustenta a teoria econômica burguesa em suas diversas matizes liberal e neoliberal. Todo esse construto ao redor a ideia de mercado livre se apresenta como uma lei econômica, para que o mecanismo de oferta-procura-preço possa funcionar. A fé na mão invisível é a fé no mercado que suscita a concorrência perfeita e que, como um ser milagroso – idolatria –, resulta num bem para a sociedade. Assim, o mercado é apresentado “como o lugar de uma razão ‘coletiva milagrosa’. [...] Onde há milagre, há força superior. O ser humano somente pode calar, reconhecer e adorar” (Hinkelammert - Crítica da razão utópica).
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